Janela pra dentro
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Sensação boa, que deixa o peito mais leve, os suspiros mais contínuos. O sorriso não se contém, de tão sorridente que fica. A vontade transforma-se em motivo verdadeiramente forte para se fazer coisas boas. Os dias, as horas, parecem unidos em um único instante. O coração acelera em sintonia inebriante. (Rafael Costa)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Mesmo que o peito aperte, e a mente vaguei em sentidos distantes, mesmo assim, serei vontade por inteiro. Serei certeza em meio às dúvidas, alegria diante de tristezas, harmonia em meio ao caos. Mesmo que o abraço não abrace, e os olhos não se cruzem, mesmo assim, serei amor por inteiro. Serei o toque diante da indiferença, o apoio diante da queda, a sutileza frente ao rancor. (Rafael Costa)
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Por que temos tanto medo de olhar para quem verdadeiramente somos? De aceitar que 100% das coisas que acontecem conosco são, sejam elas boas ou más, responsabilidades nossas? De perceber que o ciumes é, na verdade, insegurança? De reconhecer o erro e, mesmo que aos poucos, tentar não errar mais? Por que temos tanto medo de começar de novo, e de novo, e quantas vezes forem necessárias? Por que tanto medo? (Rafael Costa)
Tenho lido textos com tonalidades de mesmices. Frases repetidas. Ideias copiadas. Nada de novo. Gritamos com vozes vorazes: Vamos salvar o mundo; Salvemos os animais; O capitalismo é o mal da humanidade. Esquecemos do ser humano enquanto ser individual, individualizado em suas peculiaridades. Deixamos de lado a preocupação para com as relações familiares. Não falamos mais do cotidiano, do rapaz que acorda e dá bom dia para sua mãe, seu pai, seus irmãos. Da dona de casa que cuida do lar, que lava, passa, faz o lanche das crianças. O carteiro, esse perdeu sua vez, estamos na era dos e-mail´s, das redes sociais, dos contatos instantâneos. O ser humano transformou-se em ser virtual. Os indivíduos são páginas, perfis, blogs. O mundo está deixando de ser dos humanos, está passando a ser dos virtuais. (Rafael Costa)
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Você perdoaria uma traição? Difícil achar uma resposta que se encaixe nessa pergunta. Muitas pessoas diriam, não, eu não perdoaria; algumas outras, essas em menor número, talvez arriscassem dizer que dependeria da situação; por final, uma minoria diria sem medo, sim, eu perdoaria. O certo é que, cada um dos indivíduos acima citados, encontram-se em estágios diferentes do aprendizado do perdão. Os primeiros, aqueles que, de forma incisiva, afirmam que não perdoariam, ainda não apreenderam o verdadeiro sentido do perdão. O vocábulo “perdão” comporta vários significados, dentre eles podemos citar “levar para longe”. Sendo assim, quem perdoa, não perdoa a pessoa que cometeu o equívoco, mas, deveras, o ato praticado pela mesma, no caso, a traição. Dessa forma, dizer que nunca perdoaria é deveras improdutivo, pois, quem não perdoa, levaria consigo, durante muito tempo, o peso de não ter perdoado. Não perdoar, faz com que o objeto de sofrimento, seja a traição, fique perto da pessoa que sofreu a traição, dificultando sua caminhada. Por sua vez, aqueles que dizem depender da situação, entram em um território incerto, recheado de possibilidades. Essas pessoas compreenderam o sentido do verbo perdoar, mas, ainda não entenderam que o perdão é um instrumento de alivio para os que sofreram a traição, pois deixa a caminhada mais leve. Por último, os indivíduos que dizem, de forma segura, “eu perdoaria”, entenderam o sentido da palavra perdão de forma profunda. Compreenderam que o perdão serve de alivio para o coração daqueles que foram traídos e, além disso, deixa o caminhar bem mais leve. (Kati Azevedo/Rafael Costa)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Pai, Tu que conhece o mais íntimo do meu ser; que penetra o mais profundo de minha alma; faz ecoar em mim a Tua luz, clareando cada centímetro do meu interior. Mostra-me a minha verdadeira face, que eu não veja mais por espelhos. Que, se minha cabeça baixar, que seja para olhar o coração; se eu chorar, que seja para lavar minha alma; se eu cair, que seja diante de Teus pés. (Rafael Costa)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
O tempo se faz de instantes sucessivos que se complementam. Neste exato momento, ao ler este texto, o passado, o presente e o futuro se entrelaçam. Cada palavra decifrada possibilita a formação das frases ora analisadas. O que se leu no começo se transformou em passado; o que se lê agora é o presente; e o que se lerá é o futuro. Cada momento lido, e que irá ser lido, enche-se de importância, pois, para se compreender o texto, faz-se necessária sua compreensão geral. Assim é nossa vida. Tanto o passado como o presente e o futuro, desempenham papeis importantíssimos nos enredos de nossa existência. (Rafael Costa)
O amor é como um líquido. É essencialmente amorfo, condicionado à forma dos recipientes que porventura venha ocupar. Preenche os menores espaços, fazendo-se presente por completo. Diante das dificuldades, contorna os obstáculos, da mesma forma que a água de um rio acaricia as pedras que encontra no caminho. (Rafael Costa)
Um sorriso. É o necessário, um sorriso. Traz consigo a suavidade e a leveza de ser suficiente. Transparece as sutilezas da alma de tal forma, que envolve todos à sua volta. Eterniza sensações com um simples gesto, espontâneo, que nasce dentro da gente e contagia o corpo inteiro. Um sorriso, a leveza do toque que vem da alma. (Rafael Costa)
Era uma tarde de domingo. No horizonte, o sol tocava a água cristalina do oceano. Meus pensamentos acompanhavam os pássaros que pareciam apreciar o pôr do sol. Meu corpo sentia a grama; a brisa, levemente, deslizava o rosto; ainda sentia o leve calor dos últimos raios solares. A noite se aproximava. A solidão fazia-se mais presente do que a própria presença. Era a chegada do fim de mais um ciclo que se encerrava. (Rafael Costa)
Qual o tempo para se apaixonar? Um ano, um mês, um dia, um instante? Talvez o tempo deixe de existir quando a paixão se inicia. O olhar, o sorriso, o toque, parecem acontecer ao mesmo tempo. Cada sensação funde-se em uma só, e em um só se tornam os amantes. O tempo se transforma em um detalhe, coadjuvante na dramaturgia amorosa. (Rafael Costa)
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Ama-se tanto, que a própria ausência revela-se companheira. A distância, que se apresenta em quilômetros, transforma-se em centímetros. Ama-se tanto, que a saudade é posta na cabeceira da cama, em um porta-retratos bonito. A imagem é como se fosse a pessoa, e a pessoa é, pois está viva dentro da memoria. Ama-se tanto, que se entrega em vontade, passando a ser a própria realidade. (Rafael Costa)
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Nos limites da existência, o não existir é divisor entre a vida e a morte. Mas será que deixamos de existir? A vida realmente se esvai com o falecimento do corpo? Perguntas como essas comportam múltiplas respostas, por vezes cultivadas num solo de incertezas. O que se sabe é que a dor da perda de um ente querido é deverás insuportável.
Quem fica, mergulha num oceano desconhecido, repleto de sensações que antes não foram visitadas, de dúvidas que surgem e que parecem não querer sair. O epicentro dos sentimentos passa a ser a ausência, os momentos não vividos, as palavras não ditas, os erros não perdoados. A culpa se instá-la.
Assim, para os que acreditam que depois dos limites da existência corpórea o sopro de vida se desfaz, suportar a dor da ausência torna-se insustentável. Quem a sente por esse ângulo chega à beira da loucura, pois pensa que nunca mais reencontrará o ser amado.
Por sua vez, quem, acometido pelo sentimento de perda, utiliza os óculos da esperança, suaviza a sua dor, trazendo-a para níveis suportáveis, pois entende que depois da espera o reencontro se tornará possível. Ademais, sutilmente percebe que as ligações não se desfazem, muitas das vezes se fortalecem. (Rafael Costa)
Quem fica, mergulha num oceano desconhecido, repleto de sensações que antes não foram visitadas, de dúvidas que surgem e que parecem não querer sair. O epicentro dos sentimentos passa a ser a ausência, os momentos não vividos, as palavras não ditas, os erros não perdoados. A culpa se instá-la.
Assim, para os que acreditam que depois dos limites da existência corpórea o sopro de vida se desfaz, suportar a dor da ausência torna-se insustentável. Quem a sente por esse ângulo chega à beira da loucura, pois pensa que nunca mais reencontrará o ser amado.
Por sua vez, quem, acometido pelo sentimento de perda, utiliza os óculos da esperança, suaviza a sua dor, trazendo-a para níveis suportáveis, pois entende que depois da espera o reencontro se tornará possível. Ademais, sutilmente percebe que as ligações não se desfazem, muitas das vezes se fortalecem. (Rafael Costa)
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Baltazar
Gosta de balançar
Em seu balanço
Que o faz viajar
Viajar para todo lugar
Num simples ir- e- vir
Que é de arrepiar.
Sua mãe lhe grita:
Desse daí
Não ta vendo que pode cair.
O almoço ta pronto
Deixe de espanto
E vem comer no seu canto.
O menino
Que é traquino
Não se preocupa
E finge que não escuta.
Balançando no seu mundo
Longe de tudo
Perto apenas de si
Balançando sem cair.
(Rafael Costa)
Gosta de balançar
Em seu balanço
Que o faz viajar
Viajar para todo lugar
Num simples ir- e- vir
Que é de arrepiar.
Sua mãe lhe grita:
Desse daí
Não ta vendo que pode cair.
O almoço ta pronto
Deixe de espanto
E vem comer no seu canto.
O menino
Que é traquino
Não se preocupa
E finge que não escuta.
Balançando no seu mundo
Longe de tudo
Perto apenas de si
Balançando sem cair.
(Rafael Costa)
Quando o Sol aparecia
Ela se enchia de alegria
E tentava o solo molhar.
Mesmo com toda força
Não saia mais do que uma gota
Que a deixava chocha
De tanto se apertar.
Certo dia
Com o vento a soprar
Um monte de nuvenzinhas
Começaram a se juntar.
No meio da confusão
Ouviu-se um trovão
E um raio
O céu cortar.
Choveu uma chuva
Cheia de charme
Que encheu o chão de vontade
De viver de verdade.
Nossa amiguinha
Ficou espertinha
E aprendeu que sozinha
Não ia fazer nenhuma gotinha.
(Rafael Costa)
Ela se enchia de alegria
E tentava o solo molhar.
Mesmo com toda força
Não saia mais do que uma gota
Que a deixava chocha
De tanto se apertar.
Certo dia
Com o vento a soprar
Um monte de nuvenzinhas
Começaram a se juntar.
No meio da confusão
Ouviu-se um trovão
E um raio
O céu cortar.
Choveu uma chuva
Cheia de charme
Que encheu o chão de vontade
De viver de verdade.
Nossa amiguinha
Ficou espertinha
E aprendeu que sozinha
Não ia fazer nenhuma gotinha.
(Rafael Costa)
Vejo uma folha no chão
Andando sem direção
Parece estar assustada
Toda solitária
Bateu no primeiro degrau da escada
Tentou subir
Mas não conseguiu
Dormiu por ali
Ia apenas descansar
Para mais tarde tentar
O degrau superar
Teve uma idéia
Ia subir de carona
No vestido da tia Joana
Quando lá chegou
A folinha se revelou
Era uma formiga aventureira
Que não parava quieta
Queria ser a primeira
A pular de pára – quedas.
(Rafael Costa)
Andando sem direção
Parece estar assustada
Toda solitária
Bateu no primeiro degrau da escada
Tentou subir
Mas não conseguiu
Dormiu por ali
Ia apenas descansar
Para mais tarde tentar
O degrau superar
Teve uma idéia
Ia subir de carona
No vestido da tia Joana
Quando lá chegou
A folinha se revelou
Era uma formiga aventureira
Que não parava quieta
Queria ser a primeira
A pular de pára – quedas.
(Rafael Costa)
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